10. Como evitar ou prevenir a halitose?

Primeiramente, é necessário distinguir a halitose fisiológica (ex.: a que todos podemos ter e que ocorre ao despertar ou durante os jejuns prolongados) da halitose patológica ou crónica (a que sucede mesmo pouco tempo depois de ter comido ou realizado a higiene oral).

Esta última quase sempre é impossível de prevenir. A forma de evitá-la é o tratamento e não a prevenção. Em relação à halitose fisiológica (que em muitos casos está relacionada com maus hábitos) pode ser evitada recorrendo a diferentes estratégias como: comer a cada 4 horas, evitar as comidas muito condimentadas, evitar o álcool, o café, o tabaco, evitar as dietas hiperproteicas, hipocalóricas, as comidas ricas em gorduras, beber 1,5 litros de água por dia e realizar sempre dois procedimentos básicos de higiene oral – o uso do fio dentário e a limpeza da língua.

No entanto, se ainda assim o mau hálito persistir, então a halitose deve ser considerada patológica (e não fisiológica), sendo necessário recorrer a uma consulta do hálito. Sobre os cuidados de higiene oral mais relevantes para a prevenção do mau hálito, ainda que não esteja amplamente divulgado, diversos estudos que compararam o hálito de pessoas que usavam elixires regularmente e pessoas que não usavam, duas horas depois de utilizá-los, verificaram que não havia diferenças no hálito entre pessoas de ambos grupos (isto é, duas horas depois de utilizar um elixir, o estado do hálito das pessoas que utilizavam elixires era o mesmo que o das pessoas que não utilizam elixires. Muitos dos nossos pacientes que vêm à consulta pela primeira vez admitem que eles mesmos já haviam constatado essa realidade.

“O uso regular de fio dentário e a limpeza regular da língua são bastante mais relevantes na prevenção de halitose quando comparados com a utilização regular de elixires”.

Sobre os cuidados de higiene oral mais relevantes para a prevenção do mau hálito, ainda que não esteja amplamente divulgado, diversos estudos que compararam o hálito de pessoas que usavam elixires regularmente e pessoas que não usavam, duas horas depois de utilizá-los, verificaram que não havia diferenças no hálito entre pessoas de ambos grupos (isto é, duas horas depois de utilizar um elixir, o estado do hálito das pessoas que utilizavam elixires era o mesmo que o das pessoas que não utilizam elixires. Muitos dos nossos pacientes que vêm à consulta pela primeira vez admitem que eles mesmos já haviam constatado essa realidade.

Lamentavelmente, estes resultados que se debruçam na eficácia dos elixires a médio e a longo prazo, não são muito divulgados. Estes estudos encontram-se publicados e disponíveis para consulta nas mais importantes bases de dados médicas mundiais, como o PubMed/Medline.

Por outro lado, quando comparado o estado do hálito de pessoas que utilizam regularmente o fio dentário e o limpador de língua com aqueles que não os utilizam, observou-se que o hálito deste último grupo era manifestamente pior. O uso regular de fio dentário e a limpeza regular da língua são bastante mais relevantes na prevenção de halitose quando comparados com a utilização regular de elixires.